Os clãs dos aromas
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- Categoria: degustando
Antes de pensar no aroma do vinho, em si, tente concentrar-se na família à qual ele pertence. É um exercício de degustação bem interessante e prazeroso!
Vejo flores em você!
Vinhos tintos podem apresentar aromas associados a flores como lírios, rosas e violetas, enquanto nos vinhos brancos, os aromas florais mais comuns são flor de laranjeira e de limoeiro, gerânios e rosas. O envelhecimento de vinhos, por sua vez, pode acrescentar aromas de flores secas ao vinho, tanto branco como tinto.
Um cesto de frutas...
Apesar da uva ser o único ingrediente, é a fruta que menos se percebe nos aromas do vinho, exceção feita à Moscatel. Os vinhos tintos são frequentemente associados aos aromas de frutas silvestres vermelhas e pretas, como cassis, cerejas, morangos, framboesas, amoras, ameixas... Os vinhos brancos, por sua vez, muitas vezes nos remetem a aromas de frutas cítricas como limão, laranja, toranja, além de pêssego, damasco, abacaxi, banana, marmelo, figo, lichia, manga, mamão, melão, pera, maçã, sem falar nos frutos secos como amêndoa, nozes, avelãs!
Cheiro de verde? Ou aromas vegetais!
Parece estranho mas não é. Vinhos tintos por vezes apresentam cheiro de chão, de solo, de terra... ou então, de galho de árvore, tomates verdes, cogumelos. E vinhos brancos podem facilmente ser associados, também, com aromas de galho de árvore, madeira, cogumelos, samambaia, erva-doce, feno, palha, grama cortada, hortelã...
Os minerais da moda!
Muito se fala, atualmente, no caráter mineral de determinados vinhos. Mais do que aromas e sabores, a mineralidade em um vinho é uma sensação similar à acidez ou ao frescor. Vinhos tintos podem ser associados a giz, argila, pedra de isqueiro, enquanto vinhos brancos podem remeter a giz, iodo, gasolina, pedra de isqueiro, silício e outros. Para ler mais sobre mineralidade, clique aqui.
As mais especiais especiarias...
Quem nunca achou uma picância no vinho tinto, lembrando pimenta, folha de louro, alcaçuz ou tomilho? Preste atenção que não é nada difícil, não... Nos brancos, por sua vez, podemos encontrar aromas relacionados a pimenta branca, ou então, com o envelhecimento, a baunilha e a canela.
Além disso, existem também outros aromas, de outras famílias, como químicos, almiscarados, balsâmicos e tostados, mas que só aparecem no vinho como secundários ou terciários. Qual a diferença? Um aroma primário deriva da própria uva, enquanto um secundário é produto da fermentação e um terceário, do processo de amadurecimento do vinho.
Bem-vindo a um mundo de aromas: o universo dos vinhos!
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